11 Dec Bossa #3 Junho 2016 – Entrevista Ramiro Pinheiro (Brazilian Music Barcelona)
Bossa #3 Junho 2016 – Entrevista Ramiro Pinheiro (Brazilian Music Barcelona)
Revista Bossa – Ramiro, você lembra quando começou a tocar? E, qual é a sua primeira imagem musical que vem a mente ao rever esse momento?
Meus pais gostavam muito de música, quando eu era pequeno minha mãe ouvia vinis de Chico Buarque, Caetano, Caymmi, Paulo Vanzolini, Gerando Vandré, entao eu cresci escutando tudo isso. Sao as primeiras “imagens musicais” que tenho na cabeça. Meu pai tocou bateria na juventude, e sempre tocava violão em casa. Eu já tinha bastante interesse pela música, entao quando eu tinha 8 anos ganhei um violão, fui fazer aulas em um conservatório pequeno próximo de casa por alguns meses, e depois continuei tocando sozinho durante muitos anos sem estudar, voltei a estudar e trabalhar com música depois de adulto.
Revista Bossa – Você nasceu em São Paulo. Atualmente, mora em Barcelona. Como e quando decidiu sair do Brasil? E como foi essa experiência?
Saí do Brasil em 2005, fui estudar um ano em Massachusetts (EUA), e depois de um ano vim pra Barcelona, e acabei nunca voltando ao Brasil. Foi e continua sendo uma experiência muito enriquecedora morar fora do Brasil e conviver com culturas diferentes, Barcelona é uma cidade onde se vive muito essa multiculturalidade.
Revista Bossa . Sua música tem várias influências. Poderia nos dizer quais são elas? Como é tocar música brasileira fora do Brasil?
O universo musical brasileiro é muito rico, e é minha principal influência. Acho que o fato de viver muitos anos fora do Brasil me ajudou a buscar e me aferrar às raízes, e o fato de conviver com outros músicos brasileiros (de todos os estados do Brasil) que também trabalham em Barcelona e na Europa me ajudou a conhecer outros “Brasis” dentro do Brasil. Também me sinto identificado e influenciado pelo jazz, pela música cubana, pela música folclórica espanhola e latino-americana, etc.
Revista Bossa – Conte para gente como é participar ativamente da cena cultural de uma cidade como Barcelona?
Aprendo muito com os diferentes projetos que vão surgindo e com os músicos que vou conhecendo e com quem tenho oportunidade de trabalhar.
Revista Bossa – Além de Barcelona, você já tocou nos Estados Unidos e Europa. Qual foi um momento inesquecivel na sua carreira?
A turnê com o septeto Gafieira Miúda foi inesquecível, tocamos em festivais e viajamos bastante pela Espanha (País Basco, Ilhas Baleares, Canárias, Cataluña, Tarifa, Alicante). Esperamos poder repetir em breve.
Revista Bossa – Fale um pouco sobre os seus projetos atuais? Numa parceria com Piero Cozzi, vocês lançaram Cd resultado do projeto Duo Brasil: Corda & Vento. Fale um pouco sobre isso?
Acabo de editar dois discos com a discográfica Temps Record (Brazilian Music Barcelona), o primeiro disco do septeto Gafieira Miúda, e o primeiro disco de um projeto novo, o Duo Brasil: Corda & Vento, que surgiu da parceria de anos com o saxofonista Piero Cozzi, amante da música brasileira, com um repertório de sambas e choros arranjados para o duo. E com Rodrigo Balduino e Piero Cozzi estamos preparando o segundo disco do grupo Alma Brasileira, que deve sair entre este ano e o próximo.
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